Programa de 14/01/2024
Exposição entrelaça história do Liceu de Artes e Ofícios às transformações da capital paulista.
Instituição celebra 150 anos com mostra que valoriza a produção manual de artesãos.
Clique no link e leia a notícia completa:
Programa de 14/01/2024
Exposição entrelaça história do Liceu de Artes e Ofícios às transformações da capital paulista.
Instituição celebra 150 anos com mostra que valoriza a produção manual de artesãos.
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Instituição celebra 150 anos com mostra que
valoriza a produção manual de artesãos.
Por Gustavo Galvão, Luis Henrique Marcondes, Luiza Vaz, Antena
Paulista
12/01/2024 13h41
Quando fundou o Liceu de Artes e Ofícios, em 1873, o advogado e
político Carlos Leôncio da Silva Carvalho defendia uma educação
para todos. Depois de 150 anos de história, é possível olhar pra
trás e contemplar a produção de artistas e artesãos que passaram
pelas oficinas do instituto e contribuíram muito pra São Paulo ter a
cara que tem hoje.
Clique no link e leia a notícia completa:
https://g1.globo.com/guia/guia-sp/noticia/2024/01/12/exposicao-entrelaca-historia-do-liceu-de-artes-e-oficios-as-transformacoes-da-capital.ghtml
Nos últimos meses, um assunto ganhou bastante relevância e passou a ser mais debatido por profissionais e também no meio acadêmico: o ChatGPT. Você está por dentro desse tema? Sabe como ele impacta o mercado de trabalho? De acordo com estudo da Semrush, em 2023, as buscas pela plataforma aumentaram mais de 42.000%. Dentre os países com maior interesse, o Brasil ocupa o quinto lugar, com 4,3% dos acessos. Ou seja, muitos querem entender melhor sobre a ferramenta e como aproveitá-la na profissão.
Clique no link e leia a notícia completa:
https://www.nube.com.br/tv-nube/2023/08/07/tv-nube-o-impacto-do-chatgpt-no-mercado-de-trabalho
Uma das instituições de ensino, arte e cultura mais notáveis de todo o estado, o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo completa, em dezembro de 2023, 150 anos de uma história que se confunde com a do próprio Tribunal de Justiça de São Paulo que, em fevereiro do próximo ano, também completa seu sesquicentenário. Boa parte do mobiliário do Palácio da Justiça, sede do Judiciário paulista, é fruto do trabalho artístico dos mestres e artesãos do Liceu ao longo da primeira metade do século XX.
A história da instituição, no entanto, começou muito antes: em 1873, um grupo de 131 cidadãos paulistas fundaram a Sociedade Propagadora de Instrução Popular, que consistia em projeto educacional voltado para a formação de cidadãos em diversas áreas, incluindo artesãos, serralheiros, marceneiros e carpinteiros que a metrópole tanto necessitava à época, em virtude de seu acelerado progresso. Nove anos mais tarde, a escola, reorganizada, passou a ser denominada Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, com sede na então Rua São José (atual Rua Libero Badaró).
Com ampla variedade de oficinas e profissionais formados, o Liceu exerceu grande influência na sociedade paulista, especialmente do ponto de vista artístico e arquitetônico.
Pouco a pouco, os trabalhos em madeira e ferro, por seus alunos desenvolvidos, espalharam-se não apenas por São Paulo, mas por diversas cidades brasileiras.
Entre as principais contribuições estão o Theatro Municipal, o Palácio dos Campos Elíseos, a Santa Casa de Misericórdia, o Clube Atlético Paulistano, a Penitenciária do Estado e o Edifício dos Correios, entre outros edifícios emblemáticos.
Hoje, 150 anos após o ponto de partida, o Liceu de Artes e Ofícios se mantém como uma das referências em ensino médio e técnico na capital paulista. Por meio do Centro Cultural do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo (CCLAO), que passou por uma reestruturação há cinco anos (em virtude de incêndio que atingiu o prédio em 2014), a instituição também se destaca como um polo de arte e cultura na maior cidade do país, nas proximidades das também emblemáticas Estação da Luz e Pinacoteca. O espaço recebe diversas exposições, visitas guiadas e conserva um vasto acervo histórico.
Leia a matéria completa:
https://www.tjsp.jus.br/Noticias/Noticia?codigoNoticia=92149&pagina=1
O CANAL MAIS AMBIENTAL DO BRASIL
Maio de 2023 – O Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, colégio de ensino médio técnico gratuito e ensino médio regular, foi contemplado com um investimento da ENEL de R$ 1,3 milhão para a montagem de laboratórios de eficiência energética. A iniciativa é parte de uma política pública que direciona meio porcento do faturamento líquido das concessionárias de energia para a sociedade, sendo uma parte destinada a ações educacionais. Segundo o coordenador do ensino médio técnico em Automação Industrial com ênfase em Tecnologias de Construção, Sergio Melconian, o projeto trabalha a consciência energética dentro das escolas e capacita tanto os alunos quanto os professores.
“Os novos equipamentos, que estarão nos laboratórios em breve, permitirão aos alunos do Liceu experimentar e perceber a eficiência energética de sistemas de iluminação, motores e sistemas de refrigeração, além de conhecer tecnologias para gerar energia solar, eólica e de hidrogênio”, explica.
A capacitação dos professores é realizada pela Enel com treinamento online de 80 horas e abrange outras áreas além da automação, como física, química e biologia.
“A intenção é que esses professores se tornem multiplicadores e o uso dos novos laboratórios permaneça contemplado na matriz curricular do colégio”, conta Melconian.
Com essa iniciativa, o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo está preparando seus alunos para o mercado de trabalho e para serem mais conscientes em relação ao uso da energia e o impacto que isso tem no meio ambiente.
Além disso, incentiva o acesso a equipamentos mais eficientes e contribui para a economia de energia.
A ENEL, empresa responsável pela distribuição de energia em São Paulo, aloca metade do recurso no Liceu e a outra metade no Instituto Federal de Ensino. Os equipamentos já estão em fase de compra e a previsão é que estejam na escola até o meio do ano.
O Projeto Educar Eficiência Energética e Energias Renováveis (P4ER) nasceu em 2010 pela iniciativa do engenheiro elétrico Pedro Gonzalo. Segundo ele, o projeto foi aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e passou a ser adaptado para atender as concessionárias de diferentes estados e às instituições de ensino contempladas.
Link para a matéria:
Matéria publicada no jornal O Estado de São Paulo, em 31/01/2023.
Com a chegada de fevereiro, e o início total das aulas em todas as redes públicas e privadas de educação básica do País, cresce a expectativa entre instituições e alunos pela divulgação das notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que ocorre em 13 de fevereiro. Consolidado como principal vestibular do País, até pelo acesso às principais instituições federais, ele é a base dos principais programas governamentais de ensino superior (ProUni, Fies e Sisu, cujos editais foram divulgados na semana passada) e, apesar de muitas ressalvas, serve como ponto de avaliação da educação básica. Servirá agora, por exemplo, para medir mais claramente os efeitos da pandemia de covid-19 no desempenho dos estudantes.
As inscrições para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) ocorrem entre os dias 16 e 24 e a primeira chamada será divulgada no dia 28. Semestralmente, o sistema eletrônico ofertado pelo Ministério da Educação permite a escolha entre milhares de vagas em instituições de todo o País – os números consolidados serão divulgados nas próximas semanas e as instituições participantes deverão lançar a ocupação das vagas em primeira chamada entre 2 e 10 de março. “O Sisu democratizou o acesso ao ensino superior. Hoje o aluno não precisa mais se deslocar para fazer um vestibular de uma federal, por exemplo. Praticamente todas utilizam o Sisu”, diz o coordenador do ensino médio do Colégio Marista Arquidiocesano, professor Patrick Oliveira de Lima. “As federais são uma referência acadêmica, de formação de conhecimento, de pesquisa. Um aluno que almeja um crescimento acadêmico tem no Sisu uma porta.”
Usando um ranking das notas obtidas no Enem, o sistema de seleção permite acessar vagas em todas as Regiões do Brasil. E com duas possibilidades de escolha pelo estudante, uma de suas principais vantagens. “Essa possibilidade de se inscrever posteriormente, com a nota, sem precisar marcar uma carreira já na inscrição, como em outros vestibulares, é importante, principalmente para aqueles que não têm uma definição clara da carreira, que poderiam fazer Biologia ou Veterinária, por exemplo”, afirma a diretora escolar do Colégio Equipe, Luciana Fevorini.
Pandemia
A expectativa das principais instituições de ensino paulistas é de que a divulgação das notas do Enem no dia 13 traga melhores resultados. Os últimos anos, com as mudanças diversas no formato de aulas (remoto, híbrido e presencial), afetaram não só a verificação de aprendizagem nas aulas, como também a própria saúde mental dos estudantes que prestam os exames. “A pandemia deixou todos muito inseguros em relação às provas e com aproveitamento menor, por causa do remoto. As últimas duas turmas (de conclusão do ensino médio) se mostraram bastante inseguras”, diz Luciana.
“Houve uma defasagem de forma geral”, afirma o coordenador pedagógico de Ensino Médio da Carandá Educação, André Meller. “Recebemos alunos com algumas habilidades e competências que não foram devidamente aprofundadas. É um gap (uma defasagem) que fica em leitura, pesquisa. Tivemos de fazer um trabalho forte de retomada.”
Esse mesmo processo foi observado em diversas instituições, e até na seleção inicial de candidatos, como relata o coordenador pedagógico do ensino médio no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, Adenilson Francisco Bezerra. “Tivemos de aplicar mais cuidado na seleção para o técnico no Liceu, por exemplo. Tivemos de fazer adaptações no conteúdo, retomando elementos em que o processo de aprendizagem foi diretamente afetado, e avançamos muito na questão diagnóstica.”
“Nós também nos preocupamos muito com a saúde física e mental do aluno”, afirma Bezerra. “Depois das provas trimestrais mais densas, seis dias na parte da manhã, no último dia fazíamos drops, um programa em que o aluno vinha, mostrava seus talentos, participava de shows e atividades com os colegas. Com a pandemia, passamos a fazer drops online.”
Preparo
O momento de divulgação dos resultados do Exame Nacional do Ensino Médio ainda permite às instituições avaliarem como estão preparando seus estudantes para o ensino superior. Tentando se distanciar das críticas em relação a conteúdos e uma formação só voltada para vestibular e não para o mundo acadêmico – uma preocupação que cresceu com o passar dos anos, com a construção de rankings de colégios com base na nota dos alunos, mesmo que não oficiais -, a maioria ainda procura criar programas visando a uma preparação específica sobretudo para o Enem.
“A preparação que temos aqui é em três dimensões: primeiramente, um diálogo com o vestibular em conteúdos; depois, outra dimensão é mostrar os procedimentos exigidos, como as expectativas em relação às diversas redações solicitadas nos vestibulares, como é cada exame, gerenciamento do tempo; isso é trabalhado durante todo o ensino médio”, diz Meller. “E há um último ponto: preparar alguém para ser um bom universitário. Isso exige uma formação geral, um contato com todas as áreas de conhecimento. É preciso pensar, pesquisar, escrever, de uma forma aprofundada.”
Vale até investir na produção de monografias, algo há poucos anos restrito às faculdades. “Fazemos uma experiência de monografia, na segunda e na terceira série do ensino médio”, diz o coordenador da Carandá. “Formamos alguém com autonomia, com repertório, capaz de fazer opções, de escolher um currículo.”
O Arquidiocesano, por sua vez, procurou estabelecer um processo de tutoria, para orientar melhor seus estudantes. “Temos um tutor para cada área do conhecimento”, afirma Lima. “Nós criamos (no contraturno de aulas), um projeto chamado Superação, um programa voltado para o Enem e para os grandes vestibulares. São 12 aulas semanais, como um pré-vestibular; a questão é trabalhar com muitos simulados, feedbacks (conversas e orientações sobre o resultado) de simulados e uma tutoria.
Lima observa, por fim, que “um aluno que se prepare apenas academicamente não vai ter sucesso” no ensino superior. “Hoje, é preciso ter habilidades que vão além, como paciência e resiliência, gestão de tempo. Como trabalhar com ansiedade? É importante pensar nisso, pois o aluno muitas vezes põe no Enem todas as expectativas de um futuro próximo.”
Essas interrogações, muito além de conteúdos e escolha de uma carreira tradicional, também já estão entre as preocupações dos futuros universitários. “Eles estão mais preocupados em fazer um curso que os incentive, dizem ‘Quero continuar estudando o quê, de que jeito, isso vai me envolver?’ O mercado hoje exige flexibilidade, algo menos técnico, direto”, ressalta Luciana Fevorini.
Arranha-céus art déco, palácios neoclássicos, igrejas coloniais, sedes de bancos ecléticas, museus com fachadas em alumínio e aço inoxidável! São Paulo, a cidade cosmopolita e moderna, viveu um processo de urbanização complexo e acelerado. A capital regional sul-americana não para de prosperar e de modificar-se apagando vestígios preciosos de sua história. É preciso conhecê-los, protegê-los e preservá-los. A quinta edição da Bienal de Arquitetura e Restauração Urbana – BRAU5 organizada pelo Centro Internacional para Conservação do Patrimônio Arquitetônico – Itália (CICOP Itália), da qual o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo participará ao lado da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo e de especialistas em conservação e restauro brasileiros e estrangeiros, buscará chamar a atenção da comunidade acadêmica internacional para o patrimônio arquitetônico que, embora pouco conhecido, possui valor cultural excepcional. Na tentativa de iluminar aspectos inexplorados do patrimônio arquitetônico e artístico da cidade ensaia-se uma narrativa multifacetada que combina fatos documentais da paisagem urbana e artefatos relacionados às extensões das memórias arquitetônicas de São Paulo. Especialmente exemplares arquitetônicos “assinados”, sob a forma de inscrições nas fachadas, pelos principais escritórios de arquitetura engenharia e construção da metrópole no final do século XIX e meados do século XX. Joias de fatura esmerada, foram concebidos do geral ao particular por arquitetos e artesãos, muitos deles imigrantes, na sua maioria italianos, ou licenciados da Escola Politécnica e do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. Individualmente passam despercebidos, mas em conjunto desenharam a cidade extraordinária, moderna e cosmopolita que se reescreveu em apenas um século. Esse patrimônio merece atenção e salvaguarda.
No contexto da atuação de mestres construtores, da habilitação de artífices especializados e focalizando parte da trajetória do exímio arquiteto- desenhista Domingos Pellicciotta, aluno do Liceu e profissional integrante do Escritório Técnico Ramos de Azevedo, Severo e Villares percebe-se que a combinação de poderosos dispositivos pedagógicos, disponíveis na escola de artes e ofícios, com a perícia na fatura de projetos e modelos de arte decorativa de todos os estilos e formas aliados à qualidade dos materiais trabalhados foram distintivos na configuração da fisionomia dos ambientes de São Paulo.
No Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, como em outras escolas e laboratórios oitocentistas, manuais de estilo, pranchas impressas, álbuns seriados, catálogos comerciais e de politécnica e a coleção de modelagens (moulages) ou cópias de esculturas de gesso que replicam originais provenientes do Louvre em Paris, Vaticano em Roma, Museu Britânico em Londres e da Galeria dos Uffizi em Florença, foram utilizados nos ensinamentos e aplicações práticas dos métiers e das artes mecânicas, treinando mentes, mãos e olhos.
Considerados objetos da memória do saber-fazer e inspiradores da invenção, repletos de modelos e repertórios de formas evidenciam profundas correspondências entre os meios intelectuais de São Paulo e outras capitais mundiais, descortinando tanto o universo do ensino das artes aplicadas quanto a história de heranças culturais compartilhadas. Os desafios de conservação relativos ao patrimônio construído de bens e espaços paulistanos em constante processo de transformação são enormes. Inventariar legados desta magnitude e diversidade para salvaguardá-los é trabalho de Sísifo.
Realçando as conexões entre o visível e o invisível espalhadas pela cidade busca-se, através da verificação de heranças comuns, de atividades didáticas e da partilha de conhecimentos, as marcas dos homens na monumentalidade, de modo a serem integradas às políticas de conservação e preservação de bens culturais.
Evento: Ciclo de conferências on-line Bienal de Arquitetura e Restauração Urbana – BRAU5 – Centro Internacional para Conservação do Patrimônio Arquitetônico – Itália (CICOP Itália)
Consultoria: Maria Rita Amoroso e Lucio Gomes Machado
Curadoria: Beatriz Piccolotto Siqueira Bueno, Mirza Pellicciotta e Fernanda Carvalho
Assistência de curadoria: Fernanda Bittencourt
Período: 15 de abril e 7 de maio de 2021
Mesa 1 Dia 19/04/2021
Mesa 2 Dia 20/04/2021
Mesa 3 Dia 21/04/2021
Abertura: 15 de abril de 2021
Local: https://www.cicop.it/brau/en/brau5-program/
Em meio a tantas indefinições trazidas pela Covid-19, que desde março do ano passado tem causado muitos impactos na vida de toda a população, agora, às vésperas do início do ano letivo de 2021, pais e alunos se deparam com dúvidas e incertezas sobre qual caminho tomar.
Em um recorte entre todos os ciclos, da educação infantil até o ensino médio, ao que parece, a maior parte das dúvidas atinge pais e alunos que estão mudando do ciclo do fundamental II para o ensino médio. É exatamente nesse segmento que os impactos trazidos pela Covid-19 têm causado muitos transtornos para as famílias.
A dona de casa Geilda Pereira Nunes, mãe de Isabela, tem avaliado a situação já há algum tempo: “Minha filha finalizou o nono ano em 2020. Apesar de ter sido um ano difícil, ela se adaptou bem às aulas on-line, porém, para 2021, Isabela gostaria de mudar de escola, pois, na atual, o ensino médio não é bem avaliado. Mas, com toda essa situação, estou pensando mantê-la na mesma instituição”.
Situações como a de Geilda e Isabela são bastante comuns. “Temos recebido diversos pais que buscam o colégio pela qualidade do nosso ensino, mas que demonstram grande apreensão com a mudança nesse momento de pandemia. Alguns têm optado por manter os filhos numa escola que muitas vezes apresenta baixo desempenho, mas onde eles já têm relações de amizade”, diz Adenilson Bezerra, coordenador pedagógico do Colégio Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo.
A transição do ensino fundamental para o ensino médio é uma espécie de rito de passagem para muitos pré-adolescentes. Ao mesmo tempo em que eles temem perder o contato com os amigos, existe a preocupação de não se adaptar à nova escola, às novas matérias e às exigências de uma maior organização nos estudos. Somando-se esses receios naturais que transcendem as gerações, na situação atual, as dúvidas e medos aumentam e criam um caldeirão de questionamentos para pais e filhos.
Por outro lado, muitas escolas têm atentado para essas questões e desenvolvido programas que promovam a adaptação de novos alunos visando ao envolvimento deles com a escola e, principalmente, a integração entre os estudantes. Para o coordenador pedagógico Adenilson Bezerra, é fundamental que os alunos novos sejam recebidos e envolvidos pela escola como um todo. “Aqui no Liceu, temos diversos programas para integração de nossos novos alunos. Neste ano, excepcionalmente, criamos o Andando Juntos, em que o colégio está concedendo desconto para famílias que indicarem um outro aluno, amigo ou amiga de seu filho ou filha na efetivação da matrícula no Liceu. Entendemos que iniciar junto o ensino médio fortalece a autoconfiança de ambos e, com esse intuito, o Liceu decidiu oferecer esse benefício em prol dos novos alunos.”
A parte financeira é outra questão que tem gerado um certo desconforto entre pais e escolas. Muitas famílias tiveram redução de renda em virtude da pandemia, e outras consideram que as mensalidades deveriam ser reduzidas em função das aulas serem em formato on-line. Essa é uma discussão que vem sendo tratada por diversos órgãos de defesa do consumidor e entidades representativas de escolas privadas. Se por um lado os pais pensam que a aula a distância seja menos “custosa” para as escolas, por outro lado, as escolas afirmam ter feito muitos investimentos para ministrar as aulas remotas com qualidade. Esse embate não terminará tão cedo e, segundo o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieeesp), a expectativa é que 30% das escolas de educação infantil, segmento que tem sido mais impactado, fechem as portas em 2021, infelizmente.
Espera-se que haja um equilíbrio entre as necessidades dos dois lados, segundo Patrícia Loureiro, diretora do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. “Apesar de todas as dificuldades econômicas impostas pelo atual cenário, o Liceu não mediu esforços para manter o seu quadro de professores, colaboradores e terceiros e investir em tecnologia para as atividades e aulas remotas. Além disso, considerando a redução de renda de boa parte das famílias somada a instabilidade causada pela pandemia, decidimos manter o valor da mensalidade escolar de 2020 no ano letivo de 2021.”
Com todas essas variáveis, questionamentos e dúvidas que ainda pairam, é importante que as famílias percebam que neste ano a situação tende a melhorar, seja por conta da vacinação ou mesmo pela adaptação dos alunos ao ensino remoto. Mas é importantíssimo que a avaliação seja feita com muito critério agora para que as famílias decidam pelo melhor futuro para os seus filhos.
Fonte: https://www.terra.com.br/